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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

JACARÉS FAMINTOS PESCADORES MORTOS, A ROTINA MACABRA

                A questão ambiental deve ser levada em conta, pois realmente dependemos de uma estrutura que nos liga ao meio ambiente fazendo com que haja harmonia entre nossa raça e as demais criaturas do mundo.
                Tudo o que diz respeito à vivência humana deve ter moderação. Não é isso o que vem acontecendo em relação aos jacarés que estão entre os maiores inimigos dos povos ribeirinhos do Amazonas, pois come os seus peixes disputando de forma desigual, acabando com as redes, malhadeiras e tarrafas. As canoas não servem de proteção, pois com o excesso de animais adultos e famintos os ataques tem sido freqüentes e fatais mesmo sob a proteção das pequenas embarcações.
                Em Lábrea, o sumiço de um pescador chamou bastante a atenção, tratava-se de um homem simples, que não vai ser identificado na matéria por medo da família em ser presa por matar o animal. Após dois dias de intensa procura o corpo foi achado sem o braço e sem as duas pernas e com marcas de mordidas. O jacaré estava próximo guardando a comida em abundância, já que se tratava de alguém de porte avantajado, o que daria uma bela refeição por alguns dias.
                A equipe composta por muitos amigos do pescador, classe que não conta com o apoio do poder público, não se conteve ao ver que o seu fim se deu dessa forma tão terrível e partiu para o ataque ao animal furioso.
                Ao matarem o réptil, veio à constatação, dentro do animal ainda bem visível o braço direito estava. A mesma mão que trazia o precioso sustento à sua família agora era o alimento de um animal que se multiplica sem precedentes nas águas dos rios, lagos e igarapés tornando impossível à vida do ribeirinho.
                Deve-se através das imagens que com certeza serão cada vez mais freqüentes pensar... Vale à pena continuar nessa brincadeira governamental, fingindo não haver uma situação insustentável? Os pescadores e moradores do imenso continente verde do Amazonas perguntam. Enquanto as respostas não vêm, continuaremos sendo a presa de um animal que cresce assustadoramente sem ter quem o detenha.


Haroldo Ribeiro


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