"Deixe seu comentário ao fim das matérias, se preferir poste no mural de recados na parte inferior do site. obrigado!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

PEQUENAS CIDADES, GRANDES VERDADES



Nas pequenas cidades brasileiras, lugares onde apenas alguns sobrenomes se destacam no controle dos destinos do povo um tipo de atitude é bastante comum, o medo de demonstrar qualquer tipo de descontentamento com a classe dominante. Os motivos de tais temores são fáceis de serem percebidos, por se tratar de um ambiente em que todos se conhecem ficando difícil alguém querer denunciar qualquer tipo de abuso.
Em municípios com menos de cinqüenta mil habitantes, os nomes de quem manda na Prefeitura, no comércio, na justiça quase sempre não sofre nenhum tipo de mudança, além do mais a grande tendência é união dos poderosos para usurpar os mais pobres. Sendo assim a única forma que alguém poderia mudar esta triste realidade seria fazer um movimento em massa encampado pelos de menor sorte no jogo, ou então ir para o “salve-se quem puder”, “cada macaco no seu galho”, "farinha pouca, meu pirão primeiro”, e assim ir levando a vida.
Até mesmo a educação, bandeira da maioria dos políticos que afirmam em discursos veementes e muitas vezes acompanhados por lágrimas (de crocodilo) é colocada sob intensa pressão para  que de fato alguém das massas não ultrapasse a barreira da mediocridade.
          Em Humaitá, como qualquer outra cidade do Brasil, não poderia ser diferente, pois se alguém que é competente mais que pertenceu ao governo antigo quisesse participar de uma outra administração  teria que ser batizado novamente, fazer profissão de fé, renegar seu passado sombrio e aí sim pertencer ao novo governo.
         Deste tipo de comportamento juvenil de quem espera um desafeto na porta da escola para tirar a diferença e ir à forra que vive a maioria das pequenas cidades brasileiras, onde impera o descaso, a compra de voto, a animosidade, o poder como forma de punir ou elevar.
           A grande saída de parte do problema seria os sempre adiados concursos públicos, que enfim daria uma nova feição ao já carcomido nome das pequenas cidades brasileiras.
           Às vezes alguém se descuida e um pobre consegue ir onde não devia e rompe os grilhões que nos forjavam pra se tornar quem sabe Presidente como o Lula, entretanto a pressão para ser como os outros e entrar no clube dos seletos é grande e raros são os que resistem ao canto da sereia.
            A nós abandonados amazonenses. Desculpe! Está chegando às eleições. Devemos esperar somente em Deus, pois em homens desta terra é difícil acreditar em verdadeiras intenções, contudo não devemos desanimar, usemos as armas que temos para vencer, é mais difícil, porém não impossível, a educação é uma maneira de chegar lá, as outras... fazer uma banda de forró ou jogar futebol na Europa.




Haroldo Ribeiro


.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente com responsabilidade