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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

BRASILEIROS MORTOS NO MÉXICO, A REALIDADE QUE EXPULSA

O Brasil é um país de contrastes. Um é o Brasil do eixo sudeste-sul urbano, outro é o Brasil que faz vergonha, que não paga bons salários, que não tem uma educação eficaz, que desilude e expulsa.

Embora o maior número de brasileiros que têm os Estados Unidos como meta e ideal de vida esteja no sudeste, e mais precisamente em Minas Gerais, estes que vão à luta sem medo de enfrentar qualquer tipo de barreira para atingir o sonho americano de vida, o fazem porque as expectativas que lhe são dadas por aqui são desestimulantes.

Quando pagavam para os coiotes (mexicanos que fazem a travessia ilegal na fronteira com os Estados Unidos) descobriram que na verdade estavam sendo aliciados por traficantes internacionais de drogas, que os usariam para agirem como matadores de aluguel e ganhariam por isso cerca de 1800 Reais. Como se recusaram a fazer o serviço todos com exceção de um equatoriano conhecido como Freddy, que escapou e contou tudo as autoridades foram mortos pelo cartel e entre eles 4 brasileiros todos de Minas. No total 72 pessoas morreram.

O que levou estes brasileiros até o outro lado, onde está a América rica, foi a possibilidade de uma melhoria de vida, um deles recebia por um dia inteiro de trabalho pesado o equivalente a 25 Reais.

A realidade do campo brasileiro é humilhante, mesmo em Humaitá, nossa cidade alvo que fica num lugar do país mais abundante em terras esta realidade dura pode ser facilmente confirmada.

Os trabalhadores rurais por aqui, em sua maioria não têm energia elétrica, são transportados como animais em carros abertos e sem nenhum conforto, não contam com apoio direto e permanente de autoridades. Tudo isso junto, faz com que os jovens quando são confrontados com a realidade urbana abandonem seus locais de origem e façam uma viagem embora menor que os brasileiros mortos no México, porém que possui o mesmo rigor psicológico de expectativa por melhores condições de vida.

Se o progresso for realmente tão bom como se fala em propagandas políticas, nenhum brasileiro precisará perder a vida do outro lado do mundo em busca de um sonho inatingível.


Haroldo Ribeiro


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