Uma esperança no meio da lama

            A Rua Gonçalves Dias
é uma das vias que mais sofrem na época das chuvas, seus moradores têm que enfrentar uma verdadeira maratona para saírem de suas casas, alguns deixam seus carros numa rua vizinha temendo não terem como guiá-los quando uma nuvem desavisada aparecer e colorir de lama a frente de suas casas.

            O problema é antigo, mas ficou ainda pior depois que a empresa Socorro Carvalho começou o serviço de asfalto na cidade, antes de ser mexida a Gonçalves Dias tinha uma capa de asfalto, danificada, mas que permitia que os moradores fizessem desvios para chegar aos seus locais de destino, após a intervenção da empresa a capa velha e fina foi retirada, e, a princípio os moradores ficaram alegres, pois pensavam que o serviço finalmente ficaria pronto, engano! A empresa foi embora e deixou inúmeras ruas sem os serviços prometidos e ela entre as que foram abandonadas.

            A prefeitura, para alguns tardiamente, está sanando o problema maior que é a falta de atrito nos pneus dos carros que acontece quando chove, houve no dia 22 de dezembro um cascalhamento no local que deve impedir que os carros derrapem e dará certo alívio para quem mora na via. O problema da lama deve permanecer, porém com menor impacto sobre os moradores do local. Embora a ação não termine com as dores de cabeça, um pequeno alívio deve vir após o que deve ser elogiado, pois os ouvidos do poder público poderiam ainda estar com cera e não ceder ao clamor do povo que ali habita.

Morador coloca pedaços de pedras para entrar
em casa sem ter que encarar a lama

            As muitas ruas que não foram contempladas por um asfalto que já foi pago precisam de respostas, por que as empresas fazem as coisas deste jeito e ninguém faz nada? Respostas existem aos montes, entretanto é necessário visualizar que no Brasil certos tipos de comportamento não estão mais sendo tolerados por uma boa parte da população, principalmente do eixo centro-sul, o povo cansou-se dos maus gestores, que andam em areias quentes, bebem água de coco e deixam seus patrícios na lama do esquecimento.

Haroldo Ribeiro

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