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terça-feira, 19 de junho de 2012

A escolha e a caveira



            Embora saibamos que cada um deve fazer
o que quer de sua vida, os fatos que se sucedem dia após dia nos dão conta de que a maneira de decidir sobre o futuro pode trazer conseqüências catastróficas para o futuro. As tragédias que eram constantes e ainda o são nas favelas e bairros periféricos do Brasil agora invadem os melhores e mais caros imóveis nas áreas nobres das grandes cidades.

Uma opção para a morte

         “A escolha é a alma gêmea do destino” (Sarah Ban Breathnach). O Ser humano tem o direito de escolher com quem vai se relacionar há casos em que estas escolhas podem ser revertidas ou mudadas, um amigo que decide enveredar para o caminho do crime ou drogas pode simplesmente ser evitado, pode-se evitar o caminho de sua casa, os lugares que ele freqüenta e até mesmo silenciar suas ligações ao telefone ou mesmo emails apagados, mas se esta pessoa escolhida for alguém que irá dormir com você na mesma cama?
         O cuidado nestes casos deve ser ainda maior, não se pode decidir com quem vai morar por impulso, ou por simpatia ou atração física é necessário que haja uma bem e elabora pesquisa de caráter, visita à família, aferição de ideologias e comportamentos. Durante curtos espaços de tempo é impossível saber se o outro lado da história vai se encaixar com o seu lado, por isto é necessário que a razão fale mais do que a emoção também chamada de coração.
         Os avanços constantes no mundo atual fazem da velocidade uma característica intrínseca no humano comum do século XXI, tudo tem que ser rápido como uma ligação de celular, ou a resposta de um email, assim conhecer alguém e ir para a cama com este alguém é algo que é rápido, das experimentações sexuais a vida em comum sem compromisso um pulo bem pequeno é dado e o dia a dia vai dizendo se houve erro ou acerto na decisão.
         Num belo dia um lado da história resolve deixar o relacionamento e aí o perigo começa a rondar. Um lado acha que tudo é ruim enquanto o outro pensa que estava agradando, um dia segue o outro e um dos lados decide investir num novo relacionamento. O que pode vir depois de tudo isto são atitudes que variam de uma simples tristeza a um sentimento de nunca permitir que o outro lado seja feliz novamente, neste último cenário a morte pode ser o desfecho do imenso quebra-cabeça que não se encaixa.
         Elise Matusunaga, assassina confessa de seu marido Marcos, era garota de programa, nestas condições deveria ser a ultima das mulheres com quem alguém quisesse um relacionamento sério, uma prostituta, por mais que lute, tem seus parceiros como grandes comparações, o melhor e o pior estão sempre em suas mentes, não é possível dissociar estas experiências, pois nem tudo são emoções negativas, Marcos tinha uma espécie de compulsão por este tipo de mulher e já estava deixando a sua derradeira mulher por outra do mesmo time, o que ele não esperava é que ela fosse dar um final tão cruel à história dos dois. Segundo laudos da perícia ela o degolou enquanto este ainda vivia após receber um disparo na cabeça, este fim estava escrito nas estrelas, exatamente no dia em que viu a foto da prostituta na tela do computador Marcos morreu como ser humano tendo a despedida do reino dos viventes marcada para uns três anos depois, sua decisão fez com que a morte estivesse às portas rondando sua vida como um presságio maldito.
         Não foi por falta de avisos, sua família o avisara dos perigos, ele deixou sua primeira mulher e embaraçou numa aventura que teve como final uma morte horrível digna dos piores elementos. Sua ex-mulher (a que fora garota de programa) aparece impávida, sem expressar nenhuma reação e remorso sobre o ato cometido demonstrando que não era a melhor das mortais, uma indicação de que a prostituta feita esposa era uma pessoa de qualidade ruim é o fato de sua mãe não ter nenhum sinal financeiro de ajuda dada por uma filha, que ao tudo indica tentou esquecer seu passado.
         Mas o mundo girou e mais uma vez um fato estarrecedor invade a mídia, desta vez a irmã de uma socialite que vive de cirurgias plásticas e de aparições na impressa, coisa que não deixa ninguém melhor em conceito, mas que é a meta de muito seres vazios. Pois bem Angelina Filgueiras, irmã de Ângela Bismarchi, entrou num relacionamento sério como Márcio Luiz Fonseca, militar da Marinha, os dois tiveram um casamento conturbado e acabaram se separando, tudo teria ficado por aí se o militar não perseguisse sua ex-esposa e fizesse constantes ameaças, mas o que a última condição tem a ver com a primeira citada acima, tudo, ela também teve a chance de escolher, embora o marido não fosse um pervertido na concepção social era um possessivo que ao desfrutar do relacionamento com a policial não se conformou com a separação, para ele sua mulher lhe pertencia e não poderia ser de mais ninguém. Será que ele não deu nenhum sinal de violência antes do relacionamento tomar outros rumos? Certo é que tudo o que fazemos na vida em relação às escolhas que resolvemos tomar seguem com suas conseqüências boas ou ruins. Quanto mais analisamos uma situação menos erros teremos cometidos no futuro.
         Como tristes resultados temos: um homem esquartejado no primeiro caso e uma mulher, possivelmente suicida no segundo experimentando o dano definitivo da morte tendo seu marido ao seu lado no destino fatal tramado por um homem que não podia se conformar em ser um perdedor. O namorado de Angelina afirma ter agido em legítima defesa, sua situação não deve ser complicada. Quem perdeu foi Angelina, pois do militar resta o destino que realmente procurou quando saiu armado de casa para acabar com a vida do namorado de sua ex, alcançou apenas o final antecipado de sua própria existência.
         Angela Bismarchi é um capítulo a parte, não foi ao enterro da irmã, ela é “forte”! Alguém que se ama e se perde deve ser honrado, pelo menos em seu ultimo minuto, dinheiro e fama vem em primeiro lugar para este povo, isto não é força é fraqueza de caráter, lições que estão sendo passadas para a próxima geração.

Haroldo Ribeiro

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