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sábado, 21 de março de 2015

Liberdade na morte?



Era quatro horas da tarde,
o tempo estava bom Fábio e seus amigos subiram o morro e chegaram à Pedra Grande, eles já conheciam o caminho, uma experiência maravilhosa, "voar, voar, subir, subir" como diz a letra da velha música, coisa de gente de bem com a vida, o dia prometia os ventos vinham de leste e dava para enxergar longe, longe demais.  Fábio Armou sua asa e preparou o seu equipamento indo em busca da liberdade. 
O dia anterior tinha sido maravilhoso para ele, a garota de seus sonhos finalmente seria sua, ela aceitou o pedido de namoro, ele voava literalmente nas asas do vento a resistência quase não existia, no ar tudo fluía leve plumoso como uma vida calma, os pensamentos ficam longe as perturbações da vida inexistem. 
As forças domadas da natureza não ofereciam preocupações, o vento era amigo e conselheiro sussurrante, os pássaros, poucos, concorriam ao lado em rajadas suaves de asas calmas, nada poderia acontecer neste clima de Éden antes do pecado.  
As pernas de Fabio perderam de repente a firmeza o coração palpitou frio a vida ia-se embora sem explicação no campo da normalidade, não havia a quem recorrer. Em baixo na praia, as pessoas conversavam despreocupadas, sem saber que acima de seus RaBans um capítulo da história estava findando na vida de um jovem de vinte e quatro anos. 
Na lanchonete Top 10 Ana atende um cliente e ao olhar para o céu, num reflexo súbito, sem explicação percebe que há algo de errado no viajante das ruas sem limites do ar, a asa delta cai em espiral, nesse momento os banhistas começam a entrar em desespero, mais e mais pessoas olham para o céu ninguém consegue prever o que vai acontecer...

continua amanhã

Haroldo Ribeiro

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