O que leva um
país a ter um comportamento quase que endêmico em relação a corrupção e todas
as suas mazelas?
Por que nossa gente sofre tanto com este flagelo? De onde vem
este costume tão pernicioso?
A história de um povo, o jeito em
que ele foi formado muito diz de seu comportamento. Não há país do mundo que
seja totalmente isento no quesito corrupção, sempre existem aqueles que querem
se dar bem a qualquer custo. Os atalhos que levam as pessoas mais rapidamente
da condição A ao resultado B, para alguns cidadãos do mundo é uma tentação
difícil demais para ser recusada.
O processo todo envolve o sentimento
externo do sucesso, a perpetuação da própria família, a saída de uma situação
constrangedora entre outras benesses. No caso do Brasil é até admitido certo
grau de corrupção. Ainda existem no solo verde-amarelo alguns adeptos do rouba
mais faz. Dizia-se de Paulo Maluf, no mais rico estado da federação “ele
roubou, mas fez!” Este tipo de alusão dá conta de forma perfeita de como
acontece na mente de muita gente no Brasil.
Mas, como tudo começou? A família Real
Portuguesa quando chegou ao Brasil permitiu que se criasse um sistema que
privilegiou alguns membros da sociedade com títulos de nobreza, em pouco tempo
a coroa portuguesa distribuiu mais títulos do que em toda a história da terra
lusa. Em apenas oito anos D. joão nomeou 28
marqueses, oito condes, 16 viscondes e 21 barões, contra 16 marqueses, 26
condes, oito viscondes e 8 barões em 700 anos de história do outro lado do Atlântico.
Estas trocas escusas duram até os dias da Lava-jato e não faz com que os
políticos corem de vergonha ou tentem o ultimo artifício do suicídio, parece que
para os tais e também os brasileiros isto seja algo comum e até louvável. “Se
eu estivesse lá faria a mesma coisa!”
A gravidade se dá ainda
maior quando alguns membros do solo pátrio afirmam que: - “fulano é o maior
trouxa, esteve na política tanto tempo e não roubou nada!” a esperteza no
Brasil combina com a premissa de se obter tudo o que for necessário para
alcançar o status de maioral de dono “da cocada preta” sem ter que trabalhar,
ou trabalhando com eficácia o ganho fácil.
Partidos políticos como
o PT, defensor da ética e dos trabalhadores, gente que traria a mudança para
seus pares não funcionou, e depois de 12 anos de governo estão atolados até o
cepo da alma na lama da corrupção.
Continua amanhã.
Haroldo Ribeiro
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